Resistência bancária em São Paulo

Bradesco, Itaú e Santander realizam encontros simultâneos nesta sexta-feira (22/08), quando colocaram em pauta a conjuntura econômica, o fechamento de agências, o avanço da inteligência artificial no setor, as reestruturações em curso e os impactos sociais das demissões em massa. 

Por Camilly Oliveira

Bradesco, Itaú e Santander realizam encontros simultâneos nesta sexta-feira (22/08), quando colocaram em pauta a conjuntura econômica, o fechamento de agências, o avanço da inteligência artificial no setor, as reestruturações em curso e os impactos sociais das demissões em massa. 

 


No Bradesco, o encontro expôs o cenário de ataques à soberania nacional e a necessidade de resistência contra o fechamento de agências e cortes brutais de postos de trabalho. 

 


Representantes de várias regiões destacaram como audiências públicas, mobilizações locais e ações judiciais têm sido armas fundamentais contra a retirada de serviços bancários das cidades, movimento que desmonta empregos e fere a cidadania.

 


Ronaldo Ornelas, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) e diretor do SBBA, reforçou que “o fechamento de agências e as demissões em massa são ataques diretos à cidadania. Nossa resposta precisa ser firme, com mobilização nacional e resistência organizada contra um modelo de banco que abandona trabalhadores e comunidades em nome do lucro”.

 


O encontro do Itaú se concentrou na defesa do plano de saúde dos aposentados, no desmonte de agências e nas demissões. A presidenta da Feebase (Federação dos Bancários Bahia e Sergipe), Andreia Sabino, ressaltou que a reunião acontece em m momento delicado, em que a direção do banco ataca direitos históricos. O evento registrou alta representatividade, com participação equilibrada de mulheres e homens, além de dirigentes de 11 federações. 

 


Já no Santander a programação foi extensa, da análise econômica da instituição à definição de um plano de lutas específico. O foco é sobre a articulação internacional, fortalecendo redes sindicais globais para pressionar a matriz espanhola. O encerramento da programação prevê encaminhamentos da Campanha Nacional e definição de estratégias conjuntas.

 


Ao reunir milhares de bancários, os encontros desta sexta-feira marcam um espaço de resistência política contra a precarização. A unificação das lutas entre Bradesco, Itaú e Santander não apenas responde às agressões internas das corporações, mas também projeta uma disputa maior: enfrentar um modelo financeiro que prioriza lucros bilionários à custa de empregos.