Caixa: saúde em crise

Atualmente, os afastamentos por questões psíquicas já superam por questões físicas, sendo 58% e 53%, respectivamente. Dentre os funcionários do banco, 61% têm a percepção de que a Caixa não oferece apoio adequado à saúde mental de seus trabalhadores. 

Por Itana Oliveira

Atualmente, a saúde da categoria bancária é o principal tema discutido em todas as frentes de reivindicação. Pesquisas recorrentes expressam o que os bancos insistem em negar: a pressão no trabalho tem adoecido os trabalhadores. Novo levantamento da Fenae reafirma o cenário alarmante em que o grupo está inserido. 

 

O estudo mostra que mais da metade dos empregados (55%) se sente pressionada a vender produtos que consideram desnecessários para os clientes e 41% dizem que a ameaça de descomissionamento é permanente, enquanto 28% afirmam não enxergar propósito em suas atividades diárias. Os principais fatores apontados são a cobrança excessiva por resultados, o ritmo acelerado e a escassez de funcionários para dar conta das exigências. 

 

O levantamento ainda aponta que 32% dos afastamentos se estendem por pelo menos seis meses, expondo a gravidade da questão e a sobrecarga que fica sobre os que permanecem trabalhando. Tem mais, 36% relataram já ter enfrentado algum problema físico e 37% mental, no último ano.

 

Atualmente, os afastamentos por questões psíquicas já superam por questões físicas, sendo 58% e 53%, respectivamente. Dentre os funcionários do banco, 61% têm a percepção de que a Caixa não oferece apoio adequado à saúde mental de seus trabalhadores. 

 

Os dados relatam uma repetição de acontecimentos que perpassam bancos públicos e privados, atingindo qualquer gênero e idade. O pedido de socorro do bancário tem sido frequentemente repetido, enquanto as instituições permanecem omissas.