Na base, Sindicato alerta: lucro do Bradesco vem da exploração

O Sindicato dos Bancários da Bahia esteve em visita às unidades do Bradesco do Capemi e da avenida Tancredo Neves (Edifício Soares e Trade Center) para dialogar com os funcionários sobre o planejamento estratégico do banco, cujo objetivo é aumentar o lucro com corte de agências e de pessoal. 

Por Julia Portela


O Sindicato dos Bancários da Bahia esteve em visita às unidades do Bradesco do Capemi e da avenida Tancredo Neves (Edifício Soares e Trade Center) para dialogar com os funcionários sobre o planejamento estratégico do banco, cujo objetivo é aumentar o lucro com corte de agências e de pessoal. 

 


Os números falam por si. Desde o anúncio do plano, em 2023, foram mais de 3 mil demissões em todo o país. Na Bahia, mais de 300 trabalhadores perderam o emprego. O banco também acelera o fechamento de unidades físicas e amplia a pressão abusiva por metas, destruindo a saúde e a dignidade do bancário.

 


Outro ponto debatido foi a transformação digital no setor. O Bradesco, assim como outros grandes bancos, se curva à lógica das fintechs e do atendimento exclusivamente digital. A medida corta custos, elimina postos de trabalho e precariza o atendimento. Quem mais sofre são os clientes, especialmente os mais pobres, que ficam relegados a correspondentes bancários, aprofundando desigualdades até no direito de acessar serviços financeiros básicos.

 


O Sindicato tratou ainda sobre o Encontro Nacional dos Funcionários do Bradesco, realizado no fim de semana, e convocou os trabalhadores para a assembleia do dia 29, quando será votada a proposta para o PPR (Plano de Participação nos Resultados) e o PRB (Programa de Resultados Bradesco).

 

 
O Sindicato reforça: a verdadeira luta da categoria é pelo aumento salarial e pela valorização permanente, não por programas variáveis que intensificam a competitividade entre os trabalhadores e aceleram o adoecimento.