Burnout deve ser pauta no Setembro Amarelo

Segundo a Anamt, cerca de 30% dos trabalhadores têm Burnout, esgotamento associado ao local de trabalho. As mulheres, a situação costuma ser pior, com dupla jornada, cuidar da casa e dos filhos, sem direito a pausa e reconhecimento

Por Itana

Causada por estresse crônico, a síndrome de Burnout é um esgotamento físico e emocional ligado ao local de trabalho. Na atualidade acelerada, a pressão por metas, muitas vezes inalcançáveis, jornadas exaustivas têm transformado o ambiente profissional em lugar de adoecimento.


Segundo a Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho), cerca de 30% das pessoas ocupadas sofrem com a condição. Para as mulheres, a situação costuma ser ainda pior, com dupla jornada, cuidar da casa e dos filhos, sem direito a pausa e reconhecimento.


Alguns sinais devem ser vistos com atenção, como a sensação frequente de esgotamento, falta de motivação e perda de interesse pelo trabalho, muitas vezes manifestados por ausências frequentes, despercebidas como forma de autodefesa diante do colapso do corpo. Analisar o que se sente e compartilhar são essenciais para compreender e tratar o processo, que se alastra rapidamente.


Este ano, a campanha Setembro Amarelo deve considerar uma das principais causas para o adoecimento psíquico, a pressão exercida pelo capital sobre o trabalhador, e tratar a questão com a devida gravidade, pois os números crescem a cada novo estudo divulgado, expondo a dimensão do problema.