Santander precariza, categoria reage
Os diretores denunciaram as demissões, o fechamento de agências, terceirização, pressão abusiva por metas, adoecimento e sobrecarga devido à falta de pessoal
Por Julia Portela
O Sindicato dos Bancários Bahia realizou, nesta terça-feira (04/11), um ato com paralisações e diálogo com a população sobre a política perversa do Santander. A ação, parte do Dia Nacional de Luta, aconteceu nas agências da Pituba, Tancredo Neves, Barra e Alphaville.
Os diretores denunciaram as demissões, o fechamento de agências, terceirização, pressão abusiva por metas, adoecimento e sobrecarga devido à falta de pessoal. Em 12 meses encerrados em setembro, o Santander eliminou 3.288 postos de trabalho, 2.171 apenas entre julho e setembro.
Não para por aí. Em um ano, o banco fechou 585 pontos de atendimento. Foram distribuídas cartas abertas a funcionários e clientes, expondo a realidade cotidiana nas agências e explicando as consequências da gestão predatória do Santander.
Foram levantadas ainda questões graves: a chamada “multicanalidade” tem colocado gerentes nas ruas em busca de clientes, sem estrutura adequada, apenas com um notebook na mão, enquanto o atendimento é precarizado por falta de funcionários. A política de cortes continua, com acúmulo de funções, assédio por metas, fechamento de agências e insegurança nas unidades, inclusive com ausência de portas giratórias em diversos locais. Soma-se a isso a terceirização, prática que burla contratações bancárias, rebaixa salários e retira direitos.
Segundo o diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, o recado ao Santander foi claro: respeito aos direitos da categoria e fim das práticas que violam a legislação trabalhista.
O ato reforça que nenhum banco pode continuar lucrando às custas do adoecimento e da precarização. Na Bahia, a luta inclui ainda a exigência de um plano de saúde digno.
