Santander ataca novamente

A política ultraliberal do Santander expõe o projeto de desmontar direitos, ampliar a exploração e tratar trabalhadores como descartáveis.

Por Julia Portela

A manifestação realizada nesta terça-feira (19/11) nas agências do Santander da Tancredo Neves e Alphaville, expôs mais uma vez a política desumana do Santander. Trabalhadores mais uma vez enfrentam o fim de ano com incertezas. O banco acelera um processo de demissões que já atinge Salvador e diversos estados, repetindo a prática recorrente de desligar funcionários às vésperas do Natal.

 


Durante o ato, o diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, denunciou o contínuo desmonte dos direitos da categoria. O avanço acelerado de tecnologias, sem qualquer responsabilidade social, transfere demandas para dentro das casas dos trabalhadores, que acabam carregando notebooks e pressões abusivas para além do expediente. Soma-se a isso o enfraquecimento da saúde laboral e o crescimento da cobrança por metas inalcançáveis.

 


A direção da instituição reafirma seu compromisso apenas com a lucratividade. As demissões em curso se somam a contratações precárias, ao fechamento de agências e à redução deliberada de postos de trabalho. Mesmo assim, o banco divulga resultados bilionários: apenas nos nove primeiros meses de 2025, o lucro líquido alcançou R$ 11,529 bilhões, 15,1% acima do registrado no mesmo período de 2024.

 


Cada avanço no lucro representa mais sofrimento para a categoria: mais adoecimento, mais sobrecarga e menos dignidade. A política ultraliberal do Santander expõe o projeto de desmontar direitos, ampliar a exploração e tratar trabalhadores como descartáveis. O Sindicato dos Bancários da Bahia segue denunciando e mobilizando a categoria para enfrentar mais esse ataque.