Pausa nas redes. A saúde mental agradece
Em um mundo hiperconectado, o celular se tornou acessório indispensável. Acompanha o indivíduo na maior parte do dia. Na mesa do café da manhã, no momento de diversão (ou que deveria ser) com os filhos, na fila do ônibus, no volante e até mesmo no banheiro, lá está ele: o smartphone. O problema é que o excesso de informações, de múltiplas conexões e de grande tempo gasto nos dispositivos digitais têm um custo para a saúde mental.
Por Ana Beatriz Leal
Em um mundo hiperconectado, o celular se tornou acessório indispensável. Acompanha o indivíduo na maior parte do dia. Na mesa do café da manhã, no momento de diversão (ou que deveria ser) com os filhos, na fila do ônibus, no volante e até mesmo no banheiro, lá está ele: o smartphone. O problema é que o excesso de informações, de múltiplas conexões e de grande tempo gasto nos dispositivos digitais têm um custo para a saúde mental.
Pesquisas revelam que é preciso andar em direção oposta para reduzir os transtornos ansiosos e depressivos. Estudo publicado na revista JAMA Network Open revela que uma pausa de uma semana nas redes sociais pode ter efeitos positivos na saúde mental de jovens adultos.
A pesquisa acompanhou 295 pessoas entre 18 e 24 anos que reduziram a utilização de plataformas como Instagram, TikTok, X (antigo Twitter), Snapchat e Facebook. O tempo de uso caiu de quase duas horas por dia para apenas 30 minutos. Os efeitos foram notáveis. Os sintomas de ansiedade diminuíram 16,1%, os de depressão, 24,8% e os de insônia, 14,5%.
Por outro lado, os participantes apontaram que não houve mudança no nível de solidão. Fato que pode indicar que, para alguns, as redes são usadas para manutenção de laços sociais.
Os especialistas, no entanto, afirmam que o ponto está na qualidade do uso, não só na quantidade. A melhora na saúde mental está mais associada à redução do uso compulsivo e a comparação social negativa, do que propriamente ao tempo total de tela.
