Caixa lucra, mas reduz atendimento 

Em meio à redução no quadro de pessoal e na rede de atendimento, no terceiro trimestre deste ano, a Caixa registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,8 bilhões, alta de 15,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Por Itana Oliveira

Em meio à redução no quadro de pessoal e na rede de atendimento, no terceiro trimestre deste ano, a Caixa registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,8 bilhões, alta de 15,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, a instituição já soma R$ 13,5 bilhões, elevação expressiva de 50,3% em relação a igual período de 2024.
 

O retorno sobre o ROE (traduzido, Retorno sobre o Patrimônio Líquido) recorrente cresceu 2,6 pontos percentuais (pp) e alcançou 11,93%. Já a margem financeira avançou 14% e chegou a 16,5 bilhões. 
 

A Caixa encerrou setembro com R$ 1,334 trilhão na carteira de crédito, aumento de 10,3% na comparação com o ano passado. Dentre os setores que apresentaram alta estão financiamento imobiliário (11,4%); crédito comercial para pessoa física (10,9%); crédito comercial para pessoa jurídica (10,8%); saneamento e infraestrutura (4,1%) e agronegócio (3,7%). 
 

Embora os resultados sejam recordes, para quem trabalha no banco nem tudo é positivo. A Caixa tinha 84,3 mil empregados em setembro, número que representa queda de quase 20 mil postos de trabalho na comparação com 2014. Á época a estatal tinha 101 mil trabalhadores. O resultado dos cortes é a sobrecarga dos bancários. Ponte para o adoecimento. 
 

Os postos de atendimento também diminuíram. Em 12 meses, 49 unidades fecharam as portas. Nos últimos três meses encerrados em setembro, são 41 agências a menos. Um contraste, já que houve aumento nas operações, das funções sociais do banco e no número de clientes, hoje em mais de 156 milhões.