Para 160 milhões, SUS é a única opção

Com os altos custos dos planos de saúde, o SUS (Sistema Único de Saúde) tornou-se a única alternativa de atendimento médico para a grande maioria dos brasileiros. Mais de 160 milhões de pessoas dependem exclusivamente da rede pública para consultas, exames, cirurgias e vacinas, número que representa cerca de 75% da população nacional.

 

Enquanto o setor privado atende pouco mais de 50 milhões de usuários, concentrados nas regiões mais ricas, o SUS é quem garante o direito à saúde para a maioria dos brasileiros. As operadoras de planos de saúde impõem aumentos abusivos nas mensalidades e cancelam contratos de forma unilateral, excluindo quem mais precisa de atendimento. A ausência de estrutura em muitas cidades reforça o papel essencial do sistema público, que sustenta o funcionamento do país. Em estados como Roraima e Maranhão, mais de 90% dos moradores não têm plano de saúde e dependem exclusivamente do SUS.

 

Mesmo com recursos limitados e dificuldades de gestão, o sistema se mantém como uma das maiores redes de atendimento gratuito do mundo. São bilhões de procedimentos realizados por ano, desde a atenção básica até transplantes e campanhas de vacinação em larga escala. A existência de um sistema universal é o que impede que milhões de brasileiros fiquem completamente desassistidos.

 

Em diversas nações, como os Estados Unidos, maior economia do mundo, o acesso à saúde é diretamente dependente da capacidade de pagamento, transformando consultas ou internações em valores exorbitantes que podem custar milhares de dólares e gerar endividamento. Dando um exemplo de justiça social ao mundo, no Brasil, o SUS é a garantia de que todos, independentemente de sua renda, tenham direito integral ao cuidado.