Muito boa a entrevista do economista Eduardo Giannetti &agrave; Folha. Est&aacute; liberada para o p&uacute;blico. Ele comenta o risco de uma conflagra&ccedil;&atilde;o diante da inoper&acirc;ncia de Bolsonaro e do governo em prevenir e combater o coronav&iacute;rus. Sem dinheiro, com fome e medo de morrer, o povo pode cometer loucuras. Merece uma leitura atenta. 
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QUE REFLORES&Ccedil;A 
Claro que o Brasil poderia estar mais civilizado, inclusive nem ter amargado a trag&eacute;dia bolsonarista. Por&eacute;m, testemunhar oficiais de alta patente, empres&aacute;rios, pol&iacute;ticos, entre outros &ldquo;bacanas&rdquo; do submundo fascinazista que se achavam intoc&aacute;veis sendo interrogados pela PF, processados e presos, refor&ccedil;a a esperan&ccedil;a no reflorescer da democracia, no respeito &agrave;s leis. 
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MAIS ATEN&Ccedil;&Atilde;O 
A mat&eacute;ria da Veja sobre &aacute;udios nos quais Mauro Cid acusa a PF de j&aacute; ter &ldquo;narrativa pronta&rdquo; contra ele e esculhamba o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deixa claro que o tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenta enganar as investiga&ccedil;&otilde;es. Como fez na dela&ccedil;&atilde;o premiada. Requer mais aten&ccedil;&atilde;o, para contar o que sabe sobre os crimes bolsonaristas. 
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PAGAR D&Iacute;VIDA 
Justamente por ter sido ajudante de ordens e vivenciar o cotidiano do presidente, o tenente-coronel Mauro Cid &eacute; fundamental nas investiga&ccedil;&otilde;es sobre as tentativas golpistas e outros crimes. Ele se queixa de ser o que &ldquo;mais se f...&rdquo; entre os figur&otilde;es bolsonaristas. Por isto mesmo, para aliviar a pr&oacute;pria situa&ccedil;&atilde;o, precisa pagar a d&iacute;vida que tem com a democracia. A conta &eacute; alta. 
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NO LIMIAR 
Em uma realidade radicalizada, marcada por sabotagens e boicotes da extrema direita ao projeto da democracia social, com o apoio irrespons&aacute;vel da direita dita liberal, a nova pesquisa Datafolha, na qual 35% acham o governo &oacute;timo e bom, n&atilde;o &eacute; negativa. Agora, os 30% que consideram regular exp&otilde;em a necessidade de cuidados, de priorizar a economia e o social. 
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VALE ANOTAR 
No Brasil onde, segundo o PNAD, existem 9,3 milh&otilde;es de analfabetos, correspondentes a 5,4% da popula&ccedil;&atilde;o, a nova pesquisa Datafolha revela dados importantes para o bem da democracia. A maior rejei&ccedil;&atilde;o ao governo Lula vem dos evang&eacute;licos (43%) e dos que ganham acima de 10 sal&aacute;rios m&iacute;nimos (45%). Dos entrevistados, 58% apoiam a reelei&ccedil;&atilde;o. Merece aten&ccedil;&atilde;o. 
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CONTINUA ALTA 
A nova taxa Selic, agora em 10,75%, ainda &eacute; alta para a economia brasileira, ap&oacute;s mais de seis anos (2016-2022) paralisada pela agenda ultraliberal de Temer e Bolsonaro. &Eacute; evidente a m&aacute; vontade do BC, presidido pelo bolsonarista Campos Neto, em colaborar com a retomada do crescimento econ&ocirc;mico. Independ&ecirc;ncia do Banco Central s&oacute; favorece o sistema financeiro.

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BOICOTE, &Oacute;BVIO 
Quando a democracia social assumiu o poder central, em janeiro de 2023, com a posse de Lula, a Selic estava em 13,75%. Maravilha para o rentismo. E s&oacute; foi cair em agosto, chegando a 13,25%. Hoje &eacute; de 10,75%. Quer dizer, em mais de 1 ano s&oacute; reduziu 3 pontos percentuais, apesar da recupera&ccedil;&atilde;o s&oacute;lida da economia, que poderia estar bem melhor se a taxa estivesse menor.

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FEITOS NOT&Aacute;VEIS 
A realidade ressalta a grande diferen&ccedil;a entre a democracia social e a agenda ultraliberal. Apesar das escaramu&ccedil;as da extrema direita, no Parlamento, na economia e na m&iacute;dia, para tentar sabotar o governo, em apenas 1 ano dois feitos not&aacute;veis: a retirada do mapa da fome de mais de 13 milh&otilde;es de brasileiros e a eleva&ccedil;&atilde;o para 11,7% da participa&ccedil;&atilde;o da massa salarial no PIB.

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TANTO QUANTO 
As imagens dos governadores bolsonaristas Tarc&iacute;sio de Freitas (Republicanos), de S&atilde;o Paulo, e Ronaldo Caiado (UB), de Goi&aacute;s, com Netanyahu, sorrindo, em claro apoio ao genoc&iacute;dio em Gaza, onde Israel j&aacute; matou mais de 50 mil palestinos e agora imp&otilde;e fome mortal, desenham fielmente o car&aacute;ter da extrema direita nativa. Criminosa, tanto quanto.

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CINISMO IMPERIAL 
A hipocrisia do imp&eacute;rio viraliza na Internet em uma postagem destacando que os EUA negam ao Brasil a extradi&ccedil;&atilde;o do foragido Allan dos Santos, alegando liberdade de express&atilde;o, apesar de ele atentar contra a democracia, mas quer que Assange seja extraditado da Inglaterra por ter denunciado crimes pavorosos cometidos pelo Estado norte-americano no mundo.&nbsp;

EST&Aacute; PROVADO 
Perante fartas provas materiais, s&oacute; mesmo por tolice ou descaramento para negar que Bolsonaro e aliados tramaram, organizaram e puseram em execu&ccedil;&atilde;o plano para golpe de Estado. S&oacute; n&atilde;o obtiveram &ecirc;xito por uma conjun&ccedil;&atilde;o de fatores internos e externos. Pela lei, crime grave, queiram ou n&atilde;o as elites ultraconservadoras. A Justi&ccedil;a &eacute; um dos pilares da democracia.

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MAIOR SUJEIRA 
A despreocupa&ccedil;&atilde;o em deixar rastros evidentes de tantos crimes graves, ao ponto de a PF reunir, em pouco tempo, provas robustas, revela a certeza de Bolsonaro na reelei&ccedil;&atilde;o e na impunidade. Imaginou que, por servir &agrave; agenda ultraliberal, sairia ileso. Esqueceu que os poderosos, quando o esc&acirc;ndalo estoura, costumam abandonar os que lhe prestaram sujos servi&ccedil;os.

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CHEGA R&Aacute;PIDO 
&ldquo;Se tratando das investiga&ccedil;&otilde;es gerais, raramente a gente teve avan&ccedil;os t&atilde;o significativos. Sa&iacute;mos de especula&ccedil;&otilde;es para provas. Os dados que a PF conseguiu obter s&atilde;o de fato convincentes de que algo muito ruim estava em marcha&rdquo;. A an&aacute;lise do ministro Gilmar Mendes sobre as apura&ccedil;&otilde;es das tentativas golpistas mostra o quanto Bolsonaro est&aacute; pr&oacute;ximo da cadeia.

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EFEITO ADVERSO 
Sem d&uacute;vida, Bolsonaro est&aacute; em s&eacute;rios apuros. S&oacute; o indiciamento, pela PF, por falsifica&ccedil;&atilde;o na carteira de vacina&ccedil;&atilde;o, pode custar 15 anos de pris&atilde;o para o l&iacute;der pol&iacute;tico da extrema direita. O STF deu 15 dias para a PGR se posicionar e a tend&ecirc;ncia &eacute; a Procuradoria Geral da Rep&uacute;blica abrir den&uacute;ncia contra o ex-presidente. Efeito adverso da vacina que ele tanto demonizou.

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SEMPRE GOLPISTA 
O esp&iacute;rito elitista e antidemocr&aacute;tico de Arthur Lira (PP-AL) fica mais uma vez evidenciado com a pretens&atilde;o de reduzir a rela&ccedil;&atilde;o de pessoas f&iacute;sicas e jur&iacute;dicas aptas a propor ADI (A&ccedil;&atilde;o Direta de Inconstitucionalidade). Em vez de tolher a sociedade, o povo, ele deveria era procurar ajustar as mat&eacute;rias aos preceitos constitucionais. Este &eacute; o deputado que preside a C&acirc;mara Federal.

ESPUMA MILITAR 
O assunto j&aacute; deveria, h&aacute; muito, estar restrito a cap&iacute;tulo tenebroso da hist&oacute;ria recente brasileira, mas o Clube Militar n&atilde;o esquece e anuncia um almo&ccedil;o pelos 60 anos da ditadura civil-militar (1964-1985). Nada que assuste, apesar de a democracia ainda sofrer risco no Brasil. Por enquanto a caserna est&aacute; ciente da obriga&ccedil;&atilde;o de respeitar a Constitui&ccedil;&atilde;o. Que continue assim.

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VALE LEMBRAR 
A ditadura civil-militar (1964-1985), que subordinou a economia, a pol&iacute;tica e a soberania nacional aos ditames dos EUA, tornando o Brasil col&ocirc;nia estadunidense, n&atilde;o come&ccedil;ou em 31 de mar&ccedil;o como dizem os militares, mas sim em 1&ordm; de abril, Dia da Mentira. O golpe foi dado para &ldquo;salvar&rdquo; a democracia. Foram 21 anos de atraso, de terror, com tortura e mortes.

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ALTA TRAI&Ccedil;&Atilde;O 
O caso dos dividendos da Petrobras &eacute; mais uma prova cabal, concreta, da submiss&atilde;o, do car&aacute;ter entreguista, do complexo de vira-lata das elites nativas, que preferem entregar grande parte do lucro extraordin&aacute;rio da empresa a acionistas estrangeiros, de forma criminosa, do que investir na qualifica&ccedil;&atilde;o da estatal. Uma atitude de alta trai&ccedil;&atilde;o ao Brasil e aos brasileiros.

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SEMPRE FOI 
Lula disse na primeira reuni&atilde;o ministerial do ano que o golpe s&oacute; n&atilde;o aconteceu porque Bolsonaro &ldquo;era um covard&atilde;o&rdquo;. Era, n&atilde;o, sempre foi covarde, incompetente e tra&iacute;ra. Vide o fracasso do governo e como ele costuma largar os aliados &agrave; pr&oacute;pria sorte quando a situa&ccedil;&atilde;o aperta. Agora, Lula precisa deixar de falar no ex-presidente. Entrega &agrave; Justi&ccedil;a.

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ERRO IMPERIAL 
A vit&oacute;ria com 87% dos votos em uma elei&ccedil;&atilde;o que registrou comparecimento recorde &agrave;s urnas de 74,22%, sugere que a tentativa de expandir a Otan para as fronteiras da R&uacute;ssia e a insist&ecirc;ncia em armar a Ucr&acirc;nia s&oacute; fazem refor&ccedil;ar Putin nos planos pol&iacute;tico e eleitoral. Geopoliticamente ele tem sido fundamental, junto com a China, para conter o imperialismo dos EUA e UE.

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