COLUNA SAQUE
QUANTA HONRA!
Quando não é o presidente é o vice. À mídia alemã, Mourão teve o desplante de negar a tortura na ditadura civil militar (1964-1985), defender Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores, e ainda classificá-lo como “homem de honra”. Bom, como na gramática bolsonarista patriotismo é sinônimo de entreguismo, resta saber qual o conceito dele sobre honra.
É DESESPERO
Manobra grosseira que compromete ainda mais a credibilidade do Judiciário. A decisão de quarta-feira do STF, de tirar das turmas e transferir para o pleno o julgamento de ações penais de réus com foro privilegiado - três meses atrás havia decidido justamente o contrário - é puro lawfare. O uso do aparato judicial para tentar evitar o ocaso do lavajatismo.
VIROU GOZAÇÃO
Eleito no vácuo da onda de violações da Constituição, demonização da política e criminalização das forças progressistas promovida pela extrema direita, Bolsonaro não perde chance para tirar sarro com a cara de Moro. Como agora, quando diz que acabou com a Lava Jato porque “não há corrupção no governo”. No racha neofascista, o capitão engoliu o ex-juiz.
SEM VOLTA
Em política, certeza é sempre um perigo. Mas, ao que tudo indica, Moro já era. Bolsonaro ganhou estabilidade com o Centrão e, mesmo que venha a perder apelo eleitoral, não há como ressuscitar o ex-juiz de Curitiba, apesar do esforço da Globo. As revelações do Intercept e as anulações de decisões da Lava Jato em instâncias superiores o destruíram, moral e politicamente.
BOAS CHANCES
Articulações têm sido feitas para isolar a extrema direita negacionista e boa parte dos setores progressistas acha que, dos males, o menor. Assim, o Senado deve confirmar, no dia 21, kassio Nunes Marques para substituir Celso de Mello no STF. Ele deve ir para a 2ª Turma e pegar o julgamento da suspeição de Moro. Chance para mostrar se é mesmo um garantista.
