COLUNA SAQUE
CONSENSO
Mais do que o governo, o Estado brasileiro tem o direito e o dever de reagir com firmeza contra tudo que ameace a democracia. Está na Constituição. Só contesta quem financia, organiza e apoia os atos terroristas. Felizmente, consolida-se um consenso nacional pelo uso da lei para punir exemplarmente os que atentam contra a legalidade, seja quem for. É assim que se faz.
EFICIÊNCIA
Se poderosas frações das elites não estivessem bancando, com certeza os bolsonaristas não conseguiriam concretizar atos ousados de golpismo e terrorismo como ocupação da frente dos quartéis, ataques com destruição de prédios dos três poderes e derrubada de torres de energia. Ainda bem que a resposta das instituições tem sido rápida e eficiente. Que continue assim.
CABEÇA
As prisões de Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública de Brasília e foi ministro da Justiça de Bolsonaro, mais a do ex-comandante da PM, coronel Fábio Augusto Vieira, deixam a impressão de que a punição aos terroristas começa a chegar na cabeça do golpismo. Porém, ainda há muita gente do andar de cima a ser presa, inclusive o ex-presidente e os filhos.
ENFRONHADO
A atitude indecorosa do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), de colocar advogados pagos pelo Estado para defender catarinenses presos por terrorismo, dimensiona o quanto o nazifascismo está enfronhado no aparelho estatal, em níveis federal, estadual e municipal. É vital para a democracia restabelecer os princípios republicanos na máquina pública.
GRAVÍSSIMO
Os fatos demonstram que a maioria nas Forças Armadas só não embarcou na aventura golpista de Bolsonaro porque não encontrou apoio dos Estados Unidos e da União Europeia. A omissão dos militares, tão atuantes politicamente nos últimos tempos, perante os atos terroristas da extrema direita, é uma falta grave da caserna com a Constituição. Vício antigo.
