COLUNA SAQUE
É EXDRÚXULA
Muitas contestações à tal Operação Trapiche, deflagrada pela PF em conjunto com o Mossad, serviço secreto de Israel, para prender supostos “terroristas” do Hezbollah que planejavam ataques a alvos israelenses no Brasil. Argumentação sem pé nem cabeça, que exige explicação do governo Lula, para deixar claro não estar compactuando com patifarias sionistas.
LOGO AGORA?
Algo não cheira bem na Operação Trapiche. Os conflitos entre palestinos e israelense têm cerca de 75 anos e nunca nenhum grupo árabe de resistência promoveu atentado terrorista no Brasil. Por que faria agora, justamente quando os palestinos buscam apoio mundial para conter o genocídio de Israel em Gaza? Como se diz, “debaixo deste angu tem caroço”. Muito estranho.
UM INSULTO
A sequência dos acontecimentos ajuda a fomentar ilações. Por exemplo, a controversa operação para “prender terroristas do Hezbollah” ocorre logo após o embaixador israelense Daniel Zonshine afrontar o governo brasileiro ao se reunir com Bolsonaro e bolsonaristas sem informar ao Itamaraty. Qual será o próximo insulto à soberania nacional? O Brasil vai aceitar?
SÓ EXPULSANDO
"O encontro do embaixador de Israel no Brasil com o golpista Bolsonaro e deputados de direita sem prévio conhecimento do governo brasileiro é um escândalo. Afronta! Por muito menos outras nações ameaçariam romper relações diplomáticas e dariam 72 horas para este cidadão deixar o país". Opinião do jurista Marcelo Uchôa. Se não reagir, fica desmoralizado.
TEM COERÊNCIA
Merece atenção a análise do presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, de que a operação contra o Hezbollah “é a resposta do sionismo e do imperialismo ao crescente apelo pela ruptura das relações diplomáticas do Brasil com Israel. Três países da América do Sul já romperam relações com Israel. Uma decisão brasileira poderia fazer balançar toda a América Latina”.
