COLUNA SAQUE
BEM DIFERENTES
Há uma grande diferença entre a democracia precarizada da extrema direita e parte da direita, baseada no simples direito ao voto, sem emprego nem políticas públicas, salários rebaixados, criminalização dos movimentos sociais e violenta repressão classista, leia-se ultraliberalismo, e a democracia social, voltada à superação da pobreza e redução das desigualdades. Opostos.
DAR PRIORIDADE
A cobrança de Lula, na COP28, ao receber representantes de entidades brasileiras, de que a sociedade civil precisa participar mais para não deixar a extrema direita voltar, é realmente vital para a sobrevivência da democracia. Os movimentos sociais, em especial o sindical, têm sido tímidos e o governo pouco tem feito. É decisivo eleger a mobilização popular como prioridade.
SÃO INCOMPATÍVEIS
Em época de estupidez da pós verdade, uma negação à própria experiência humana, a proteção e evolução da civilidade, da democracia, dos princípios republicanos, indispensáveis à vida em sociedade, exigem rigor legal contra quem inventa, mente e distorce a realidade, seja pessoa física ou jurídica. Milícia virtual e fake news são inimigas mortais das liberdades e da justiça.
SEM PRIVILÉGIO
Realmente, a redação da decisão do STF de responsabilizar a mídia por cumplicidade na reprodução de fake news, seja em entrevista ou na obscena “uma fonte que não quis se identificar”, permite mal entendido. Mas, quem espalha calúnia, injúria e difamação tem de pagar legalmente pelo crime cometido, seja empresa, comunicador e/ou entrevistado. Pela lei, sempre.
AINDA LONGE
A negligência do sistema perante o grave crime da Braskem em Maceió (AL), tragédia que se estende há anos, sem nenhuma providência tomada, mostra o quanto o Brasil está distante da plena democracia. Politicamente até evoluiu ao rejeitar a tentativa golpista recente, mas na economia está longe de enquadrar as grandes corporações. Vale a lei dos mais fortes.