COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
PAPEL DEGRADANTE
É normal o ser humano, às vezes, fazer escolha errada, mas o episódio com o ex-ministro Aldo Rebelo, no STF, é degradante. O ex-comunista se dispôs ao papel de personagem para a milícia virtual mobilizadora da militância bolsonarista. Foi testemunhar a favor do almirante Garnier, ex-comandante da Marinha. Se posicionou ao lado dos que buscavam golpe de Estado.
VERGONHA, REBELO
A alegação de Aldo Rebelo de que foi censurado ao ser anunciado pelo ministro Alexandre de Moraes de que estava no STF como testemunha para dizer o que viu e sabia, não para fazer proselitismo político, é uma base teórica bolsonarista para as fake news de que o Brasil vive uma “ditadura da toga”, como se a liberdade de expressão fosse um direito absoluto. Ele sabe que não.
BEM PATOLÓGICO
O pior reacionário é aquele que concluiu que foi de esquerda, porque passa a nutrir ódio cada vez mais incontrolável do que foi no passado ou imagina ter sido, em um processo violento de negação de parte de sua própria história. Radicaliza para tentar se convencer de que fez a escolha certa e agradar os novos pares. Vídeo do ex-ministro Aldo Rebelo. Assumiu a extrema direita.
COM DIPLOMACIA
Ótima, adequada e oportuna, a observação do ex-diretor-executivo do FMI, Paulo Nogueira Batista Júnior, em entrevista ao 247: “A China ensinou ao mundo como se enfrentar um valentão”, se referindo à forma proficiente como o governo tem driblado as bravatas de Trump e a arrogância dos EUA. Não faz ameaça, não demonstra força e, na diplomacia, consegue vencer.
INDÚSTRIA BRASIL
Duas declarações do presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, que merecem destaque. "Infelizmente, desde a época dos militares, o Brasil não tem uma política industrial efetiva. Voltamos a ter neste governo". A outra: “É impossível hoje competir com a China, que tem escala, produtividade e tecnologia”. Para bom entendimento...