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Curitiba, antro de mentira

A diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia, Alda Valéria, aponta, em seu artigo, que a República de Curitiba tem muito a temer com a liberação do STF para a defesa do ex-presidente Lula os áudios da Spoofing.

A República de Curitiba, antro da mentira, está em polvorosa. A verdade, despida das suas vestes, revela-se ameaçadora para os conspiradores da Lava-jato. Seus articuladores temem que as mensagens trocadas entre o juiz caolho Sérgio Moro e o procurador de republiqueta Deltan Dellangol – obtidas através da Operação Spoofing -, melem suas calças. 


Importante vitória foi obtida no dia 9 de fevereiro, quando a 2ª Turma do STF liberou para a defesa do ex-presidente Lula os áudios da Spoofing, que poderão servir de prova para desmascarar a farsa que foi toda a operação Lava-jato. Todo o processo contra Lula, nitidamente viciado, repleto de ilegalidades fartamente documentadas nos diálogos da equipe lavajatista – tudo gravado -, gera grave insegurança jurídica.  


A improbidade do ex-ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro (cara de um focinho de outro, segundo a esposa Rosângela Moro, em fev./20) é matéria simples para a esfera jurídica, pois as gravações comprovam o interesse particular do juiz, inimizade com o réu, conversas unilaterais com a acusação e até utilização de recursos internacionais (ferindo a soberania nacional), com decisões que iriam favorecer interesses geopolíticos de empresas estrangeiras. 


Sendo enquadrado no Art. 145 do novo Código Penal, Moro estará sob suspeição (quando o juiz tem a sua imparcialidade questionada por conta de envolvimentos pessoais ou posicionamentos na lide tais como familiaridade, amizade ou inimizade com uma das partes, entre outros) e, portanto, estaria impedido de julgar os processos contra o Presidente Lula. Consequentemente, tornam-se nulas todas as decisões proferidas pelo juiz Moro.  


A verdade, de posse novamente das suas vestes, mais uma vez mostrará que um filho deste solo não foge à luta, nem se rende ao mais vilipendioso dos vermes curitibanos.


* Alda Valéria é diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia