Vida de bancário não é nada fácil no Brasil

O dia a dia nas agências não é nada fácil. Os bancários sofrem com a rotina desgastante. Sem falar na cobrança diária para atender bem, bater metas e ainda ser pressionado ao ponto de adoecer, além de sofrer assédio moral e ser sobrecarregado por falta de funcionário. Por conta disso, a mobilização por garantia de melhorias na campanha salarial está a todo vapor.

Como as negociações com as empresas já começaram, os empregados estão alerta. A conquista do aumento real deveria ser prioridade para 25% da categoria, 23% quer que a manutenção de direitos e 18% o combate ao assédio moral. Na sequência, garantia do emprego (15%) e impedir a terceirização (14%). Foi o que constatou pesquisa feita pelo movimento sindical em maio com funcionários de bancos públicos e privados de todo o Brasil.

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) se reúnem nesta quarta-fera (01/08), para debater as cláusulas econômicas. A expectativa é que as empresas apresentem uma proposta global para as reivindicações, como prometeram. A categoria reivindica aumento real para salários, vales, auxílios e piso, PLR maior, além de cobrar respeito à agualdade de oportunidades e de ascensão profissional para todos nos bancos.

Foram extintos 17.905 postos de trabalho em 2017. Somente no primeiro semestre deste ano, 2.846 bancários ficaram sem emprego. Os cortes em grande escala ainda aumenta a sobrecarga de trabalho nas agências.

A realidade da categoria pode mudar. Basta os bancos mostrarem mais disposição para negociar. O BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander obtiveram crescimento de 33,5% nos lucros no ano passado e mais 20,4% no primeiro trimestre de 2018, se comparado com mesmo período de 2017.