Crise do coronavírus vai ampliar desigualdades

A desigualdade no mercado de trabalho no Brasil tanto entre homens e mulheres, quanto entre brancos e negros, deve aumentar com a crise econômica gerada pela pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. É o que aponta o estudo realizado pela Rede de Pesquisa Solidária. 


Ainda alerta sobre a crise sanitária ter criado um novo grupo de vulneráveis. São homens e mulheres com o ensino superior que nunca tiveram que se preocupar com a estabilidade do emprego e da renda. Entre as atividades destes trabalhadores classificadas como não essenciais estão professores de instituições privadas, comerciantes de vestuário, de calçados, artigos de viagem, atividades jurídicas, de contabilidade e auditorias.  


A crise afunda ainda mais o grupo de negros informais. Prova disto é que medidas adotas neste período, como o auxílio emergencial de R$ 600,00, é insuficiente para compensar as perdas de parte dos beneficiados. A situação fica mais precária do que antes da pandemia de Covid-19. 


O estudo estima que a cada dez trabalhadores no país, oito se encontram atualmente em algum grau de risco de perda de renda e trabalho. Na prática, os "tradicionalmente vulneráveis” continuam sofrendo mais do que os novos vulneráveis.