Bolsonaro quer reduzir auxílio para R$ 200,00
Enquanto ampara os bancos – o setor que mais lucra na economia nacional - com ajuda de R$ 1,26 trilhão para enfrentar a crise causada pelo novo coronavírus, o governo federal pensa em deixar mais de 50 milhões de brasileiros sem emprego e sem renda, entregues à própria sorte para enfrentar a pandemia nos próximos meses.
Depois de insinuar que o brasileiro estava assaltando o país, o ministro da Economia, Paulo Guedes, mostrou novamente a face perversa e, em reunião com empresários, nesta semana, disse que só aceita prorrogar o auxílio emergencial se cair para R$ 200,00, justamente a proposta inicial do governo.
O valor sugerido não paga nem uma cesta básica. Para se ter ideia, em Salvador, os produtos custavam R$ 408,06 em março. O benefício pago atualmente de R$ 600,00 só foi garantido depois de muita atuação dos movimentos sociais no Congresso Nacional.
Detalhe: o custo com a renda básica custou aos cofres públicos R$ 154,4 bilhões, muito abaixo do dinheiro destinado aos banqueiros e especuladores. A declaração deixa claro que a intenção do governo Bolsonaro é fazer o povo voltar às ruas, mesmo correndo risco de contágio da doença e até de morte.