Endividamento bate recorde para os mais pobres 

Durante a pandemia do novo coronavírus, o endividamento dos brasileiros mais pobres aumentou e voltou a alcançar um patamar recorde. Segundo pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o principal motivo foi o impacto da crise sanitária no mercado de trabalho e a redução do auxílio emergencial. 


Em abril, 22,3% da população com renda de até R$ 2.100,00 informaram que estão endividadas. Os patamares de endividamento chegam a 14,2% para as pessoas com faixa de renda de R$ 2.100,00 a R$ 4.800,00, mas diminui quando chega ao patamar de R$ 4.800,00 a R$ 9.600,00 quando chegou a 6,3%, sendo menor ainda acima de R$ 9.600,00 quando a taxa é de 3,9%.


O aumento do índice que marca as pessoas com dívidas foi visto em todas as faixas salariais, segundo a pesquisa da FGV. Porém, foi mais dramático para os mais pobres pela capacidade menor de constituir uma poupança para imprevistos.


Sem políticas sociais em meio à pandemia, e com a redução do auxílio emergencial, milhares de famílias estão desamparadas, acumulando contas que já venceram. No ano passado, as parcelas do auxílio tinham o valor de R$ 600,00, mas para este ano o modelo varia entre R$ 150,00 e R$ 375,00.