Bahia avança, mas Salvador recua no combate à violência
A Bahia conseguiu reduzir os casos de feminicídio, mas Salvador segue como uma das capitais mais violentas para mulheres no Brasil, superando até o estado do Rio de Janeiro. Enquanto o governo estadual avança no combate à violência de gênero, a prefeitura assiste à escalada dos crimes sem apresentar soluções concretas.
Por Camilly Oliveira
A Bahia conseguiu reduzir os casos de feminicídio, mas Salvador segue como uma das capitais mais violentas para mulheres no Brasil, superando até o estado do Rio de Janeiro. Enquanto o governo estadual avança no combate à violência de gênero, a prefeitura assiste à escalada dos crimes sem apresentar soluções concretas.
Dados da Rede de Observatórios da Segurança apontam que a Bahia teve uma queda de 30,2% nos casos de violência contra a mulher, passando de 368 para 257 registros. Apesar disto, a capital baiana concentrou 68 das 96 mortes contabilizadas no Estado, um número que escancara a ineficiência dos gestores em criar políticas de proteção e prevenção.
O governo estadual investiu na ampliação das delegacias especializadas, no fortalecimento das medidas protetivas e em redes de acolhimento. Já a prefeitura segue sem iniciativas eficazes para enfrentar o problema. A ausência de iluminação pública adequada, a falta de suporte para vítimas e a negligência com a segurança nos bairros mais vulneráveis e periféricos tornam Salvador um ambiente hostil para as mulheres, é necessárias mudanças urgentes.