Horas negativas: CEBB cobra solução justa do BB

A situação das horas negativas acumuladas por funcionários do BB durante a pandemia voltou à pauta em reunião realizada nesta quinta-feira (15/05) entre a CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários) e a direção do banco. Com o fim do acordo de compensação previsto para 31 de maio, cresce a preocupação com os impactos que os descontos podem causar à renda de milhares de trabalhadores.

Por Rose Lima

A situação das horas negativas acumuladas por funcionários do BB durante a pandemia voltou à pauta em reunião realizada nesta quinta-feira (15/05) entre a CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários) e a direção do banco. Com o fim do acordo de compensação previsto para 31 de maio, cresce a preocupação com os impactos que os descontos podem causar à renda de milhares de trabalhadores.

 


Durante a reunião, realizada em formato virtual, a CEBB apresentou relatos de funcionários que, apesar dos esforços, não conseguiram cumprir integralmente a compensação. A maioria dos casos envolve pessoas com responsabilidades de cuidado, como mães solo, responsáveis por familiares adoecidos ou com deficiência. Para esses grupos, a exigência de jornada extra ou o desconto direto das horas em folha pode representar um sacrifício financeiro injusto.

 


A Comissão propôs ao banco a criação de uma linha de crédito específica para os trabalhadores que, eventualmente, precisem arcar com o pagamento das horas não compensadas. Além disso, sugeriu que o desconto em folha seja limitado a, no máximo, 30% da renda mensal, para evitar o agravamento da situação financeira das pessoas afetadas.

 


Segundo dados apresentados pela CEBB, no início da vigência do acordo, mais de 25 mil trabalhadores tinham saldo negativo de horas. Hoje, o número caiu para menos de 10% do total, o que demonstra o esforço coletivo para cumprir a compensação, mesmo diante de adversidades. A CEBB aguarda agora o posicionamento oficial da empresa.
 

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