Bolsa Família salva vidas e muda o futuro
O estudo publicado na revista The Lancet Public Health mostra que, além de reduzir as desigualdades, o programa, criado em 2003 pelo presidente Lula, tem impactos positivos na saúde pública.
Por Ana Beatriz Leal
A extrema direita e os setores conservadores da sociedade, que odeiam políticas públicas de combate às desigualdades e querem o pobre eternamente na base da pirâmide, podem até espernear, mas os dados são incontestáveis. O Bolsa Família, referência mundial, evitou mais de 700 mil mortes e oito milhões de internações hospitalares no Brasil entre 2004 e 2019.
O estudo publicado na revista The Lancet Public Health mostra que, além de reduzir as desigualdades, o programa, criado em 2003 pelo presidente Lula, tem impactos positivos na saúde pública. Os resultados apontaram para uma queda de 33% na mortalidade infantil (crianças menores de cinco anos) e de 50% nas internações hospitalares de idosos (pessoas com mais de 70 anos).
Essencial para proteger a vida e promover a dignidade, o Bolsa Família é um exemplo exitoso de política pública eficaz para alcançar os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas), sobretudo para erradicar a pobreza e a fome até 2030. Indiscutivelmente, salva vidas e traz esperança de um futuro melhor.
O programa, que abrange 50 milhões de brasileiros, completou 20 anos em 2024. Hoje beneficia mais de 20 milhões de famílias. O valor base é de R$ 600,00 por lar. Mães de bebês de até seis meses recebem R$ 50,00 por criança, durante seis meses. No caso de famílias com gestantes e crianças ou adolescentes de 7 a 18 anos têm direito a R$ 50,00 adicionais. Quem tem criança até 6 anos recebe R$ 150,00 extras.