Fechar agências é irresponsabilidade
A usura do sistema financeiro não tem limite. Apesar dos lucros bilionários cada vez mais crescentes - o Brasil se tornou o paraíso do rentismo -, os bancos têm adotado um modelo de atuação que abusam da irresponsabilidade social, pois fecham agências, deixam bairros, municípios e regiões inteiramente desassistidos, penalizando a população e causando sérios prejuízos para o comércio. Sem falar em demissões em massa de bancários.
Por Rogaciano Medeiros
A usura do sistema financeiro não tem limite. Apesar dos lucros bilionários cada vez mais crescentes - o Brasil se tornou o paraíso do rentismo -, os bancos têm adotado um modelo de atuação que abusam da irresponsabilidade social, pois fecham agências, deixam bairros, municípios e regiões inteiramente desassistidos, penalizando a população e causando sérios prejuízos para o comércio. Sem falar em demissões em massa de bancários.
O problema tem mobilizado o movimento dos trabalhadores bancários em nível nacional, tornando-se hoje uma das maiores preocupações dos sindicatos. Na Bahia, apenas nos últimos dois meses, houve fechamento de agências em Salvador, Camaçari, Rio do Pires, cidades da Chapada Diamantina e de outras regiões. O drama da sociedade e da categoria se agrava a cada dia.
Três bancos, justamente os mais lucrativos da rede privada, são os piores. Ano passado, em nível nacional, o Bradesco lucrou R$ 19,6 bilhões, fechou 390 agências e promoveu 2.200 demissões. O Itaú, apesar da fabulosa lucratividade de R4 41,9 bilhões, encerrou as atividades de 219 unidades e demitiu 7.721 trabalhadores, enquanto o Santander, que lucrou R$ 13,8 bilhões no ano, fechou as portas de 247 espaços físicos e deixou desempregados quase 1 mil empregados.
É a desumana lógica rentista da agenda ultraliberal. Maximização do lucro à custa da sociedade.