Interior sofre com “sumiço” das agências

Imagine Dona Maria, 70 anos, que mal usa celular para fazer ligação, tem dificuldade de locomoção, é cliente do Bradesco de Palmeiras (BA) e, do dia para a noite, fica sabendo que a agência vai deixar de existir. Esta tem sido a realidade de muitos moradores de cidades do interior do Estado. A ofensiva do banco tem afetado, sobretudo, o Sudoeste e a Chapada Diamantina. 

Por Ana Beatriz Leal

Imagine Dona Maria, 70 anos, que mal usa celular para fazer ligação, tem dificuldade de locomoção, é cliente do Bradesco de Palmeiras (BA) e, do dia para a noite, fica sabendo que a agência vai deixar de existir. Esta tem sido a realidade de muitos moradores de cidades do interior do Estado. A ofensiva do banco tem afetado, sobretudo, o Sudoeste e a Chapada Diamantina. 
 

Desde outubro de 2023, o Bradesco, que viu o lucro líquido crescer 39,3% no primeiro trimestre deste ano e somar R$ 5,86 bilhões, reestrutura a rede de atendimento, com graves cortes no número de pontos de atendimento. 
 

A população de Maetinga, Macarani, Maiquinique, Contendas do Sincorá, Ribeirão do Largo e Vitória da Conquista, Tanhaçu, Anagé, Rio de Contas, Nova Canaã, Bom Jesus da Serra, Potiraguá, Tremedal, Rio do Pires, Palmeiras, Abaíra e Piatã estão entre o público afetado. 
 

A lista de locais com unidades com previsão de fechamento ou encerradas, muitas vezes a única da cidade, é vasta. Prova de que é uma estratégia calculada pelo banco, voltada apenas para os próprios interesses, desconsiderando o emprego bancário, a necessidade da clientela e do comércio. Lamentável.