Agências somem. Sociedade sofre

A Bahia sofre com o “sumiço” das unidades. O Bradesco é o campeão da malvadeza. Em menos de cinco anos, demitiu 706 trabalhadores. Entre outubro de 2023 e março deste ano, o banco fechou agências e pontos de atendimento, em 36 cidades baianas.

Por Ana Beatriz Leal

A política socialmente irresponsável do sistema financeiro, de fechamento de agências, o que acarreta sérios prejuízos para a população e gera demissões para os bancários, começa a ganhar corpo e a mobilizar instituições no Brasil inteiro, pelos efeitos nocivos.

 

 

O assunto é uma das principais preocupações do Comando Nacional dos Bancários, que tem cobrado de forma incisiva mudança de postura dos bancos. O Sindicato da Bahia também atua em diversas frentes. Órgãos de defesa do consumidor, prefeituras, Assembleia Legislativa, câmaras de vereadores pelo interior, colocam em pauta a discussão sobre o fechamento de agências, sem contar as manifestações envolvendo os trabalhadores e a sociedade.

 

 

A Bahia sofre com o “sumiço” das unidades. O Bradesco é o campeão da malvadeza. Em menos de cinco anos, demitiu 706 trabalhadores. Entre outubro de 2023 e março deste ano, o banco fechou agências e pontos de atendimento, em 36 cidades baianas.

 

 

Mas, a prática não se restringe ao Bradesco. Nos últimos cinco anos, Itaú fechou 344 unidades, seguido do Santander (219) e Safra (137). Muitas vezes em municípios que contam com apenas uma agência. Muitos transtornos para a população e o comércio. Prejuízo à economia.

 

 

Tem morador que precisa percorrer quilômetros para realizar uma simples transação. Esta é a realidade enfrentada por mais de 70 mil clientes do Itaú e do Bradesco, tanto em Salvador quanto em cidades do interior do Estado.

 

O fechamento de agências também significa queda vertiginosa do emprego. Entre janeiro de 2020 e junho deste ano, 1.651 bancários foram desligados na Bahia.