O Brasil que enfrenta o império

O Brasil fala de igual para igual com qualquer potência, mesmo com a mais agressiva delas. Em um cenário de regressão democrática e interferências imperialistas disfarçadas de diplomacia, Lula escolhe o lado certo da história. A briga não é só por tarifas, mas por autonomia, democracia e respeito. 

Por Camilly Oliveira

Em um mundo onde a maioria dos líderes se encolhe diante das ameaças de Donald Trump, o presidente Lula levanta a voz, responde com firmeza e boné na cabeça: “O Brasil é dos brasileiros”. Nenhum outro chefe de Estado tem encarado o republicano com tanta clareza, e nenhuma outra nação tem sido tão simbólica no embate entre soberania e autoritarismo, segundo matéria publicada nesta quarta-feira (30/07), no jornal The New York Times. 

 


Ao contrário de Bolsonaro, que se ajoelhava aos pés de Trump, Lula deixa claro que o Brasil não aceitará ser tratado como república de bananas. Quando o presidente norte-americano tenta desmoralizar o STF (Supremo Tribunal Federal), sabotar investigações ou proteger aliados golpistas, Lula responde: o Judiciário brasileiro é independente e o Estado democrático de direito, inegociável. 

 


A ideia de um Brasil servil não cabe mais na nova página que os brasileiros constroem para a democracia. A crítica à instrumentalização das tarifas e a denúncia pública da chantagem trumpista demonstram um projeto nacional em jogo, que não se curva a pressões externas.

 


A tentativa de Trump de transformar o comércio em chantagem, em retaliação política a Lula por não se alinhar com os interesses do bolsonarismo internacional, só evidencia a natureza autoritária do projeto. A postura não apenas eleva o Brasil no tabuleiro global, também serve de inspiração para outros países do Sul Global. 

 


O Brasil fala de igual para igual com qualquer potência, mesmo com a mais agressiva delas. Em um cenário de regressão democrática e interferências imperialistas disfarçadas de diplomacia, Lula escolhe o lado certo da história. A briga não é só por tarifas, mas por autonomia, democracia e respeito.