Reconstrução com justiça social
São avanços que refletem a resistência de quem luta diariamente por políticas públicas, por investimentos sociais e pela valorização do serviço público, pilares que a agenda ultraliberal tentou destruir nos governos anteriores.
Por Julia Portela
O Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades acaba de lançar, em Brasília, o terceiro Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2025. Produzido pelo Dieese, o documento apresenta um raio-x essencial da realidade brasileira. Dos 43 indicadores analisados, 25 apresentaram avanços, com destaque para áreas fundamentais como meio ambiente, trabalho, educação e saúde.
Esses dados mostram que, apesar de todas as dificuldades, há um movimento concreto rumo a reconstrução do país e restauração de direitos historicamente negados à maioria da população. São avanços que refletem a resistência de quem luta diariamente por políticas públicas, por investimentos sociais e pela valorização do serviço público, pilares que a agenda ultraliberal tentou destruir nos governos anteriores.
O Brasil é, há décadas, um dos países mais desiguais do mundo. E isto não ocorre por acaso, mas sim consequência de um projeto de sociedade que privilegia os ricos, concentra renda e nega oportunidades ao povo pobre, preto e periférico. As consequências dessas desigualdades são brutais e não podem ser naturalizadas nem escondidas atrás de discursos tecnocráticos ou meritocráticos.