Dor crônica, face da exploração

Para especialistas, o segredo tem alto custo e pode ser sentido no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que indica que doenças musculoesqueléticas, como lombalgia, hérnia de disco, artrose e fibromialgia estão entre as principais causas de afastamento temporário por incapacidade.

Por Itana Oliveira

Segundo estudo da SBED (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor), mais de um terço da população brasileira convive com algum tipo de dor crônica. Cerca de 46% afirmaram já ter faltado ao trabalho por conta da dor. Outros 31% relataram queda no desempenho profissional. 

 


Ainda assim, no ambiente de trabalho, o tema é ignorado, afinal, a estratégia do capital é descartar o funcionário quando não tem mais serventia. Enquanto isso, o trabalhador sofre em silêncio, pois o medo de ficar desempregado, muitas vezes, se sobrepõe à dor. 

 


Para especialistas, o segredo tem alto custo e pode ser sentido no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que indica que doenças musculoesqueléticas, como lombalgia, hérnia de disco, artrose e fibromialgia estão entre as principais causas de afastamento temporário por incapacidade. A OMS trata o problema da mesma forma e classifica como um dos maiores desafios de saúde pública global. 

 


A saúde do trabalhador é uma das pautas que mais necessitam de atenção, especialmente neste momento em que o colapso parece cada vez mais próximo. A categoria bancária acompanha o padrão, com índices de síndrome do túnel do carpo e transtornos osteomusculares cada vez mais frequentes.