Fintechs, uma promessa falida
Com promessas de taxas menores, fácil liberação de crédito e regulamentação mais flexível, as fintechs ocupam cada vez mais espaço no sistema financeiro do Brasil, no entanto, a promessa de que a concorrência resultaria na queda de juros em todo o sistema financeiro é falácia.
Por Itana Oliveira
Com promessas de taxas menores, fácil liberação de crédito e regulamentação mais flexível, as fintechs ocupam cada vez mais espaço no sistema financeiro do Brasil. Por arcarem com menos tributos, os lucros podem se igualar e até ultrapassarem os bancos tradicionais.
A promessa de que a concorrência resultaria na queda de juros em todo o sistema financeiro é outra falácia. Pelo contrário, o Banco Digio, por exemplo, superou o Bradesco e Banco do Brasil nos juros rotativos, empréstimo pessoal consignado e não consignado.
O sistema bancário brasileiro já é conhecido pelas altíssimas taxas de juros, inclusive, na última semana, o Banco Central optou por manter a Selic em 15%. Neste cenário, os bancos virtuais não apenas seguem o padrão tradicional, como abusam de indivíduos que não dão conta das dívidas.
Um exemplo recente de conduta excessiva foi o caso da designer Thaynná Barros, que ao deixar a dívida de R$ 5 mil acumulada por três anos e meio, viu o débito se transformar em R$ 1 milhão.
Em janeiro do ano passado, o CMN (Conselho Monetário Nacional) limitou a 100% os juros sobre dívidas contraídas com os juros do rotativo. Este ano, o Banco Central igualou algumas regras de segurança do sistema de pagamento entre bancos tradicionais e virtuais, no entanto quanto ao restante das normas, os indivíduos continuam suscetíveis a taxas exorbitantes.