Governo faz aposta alta contra o vício em bets
Diante das consequências graves causadas pelas apostas, o governo lançou um plano de ação. Sete medidas estão previstas, baseadas nas conclusões do Grupo de Trabalho de Saúde Mental e de Prevenção e Redução de Danos do Jogo Problemático.
Por Ana Beatriz Leal
O governo federal, que tem como centro o ser humano e a democracia social, tem se esforçado e buscado meios para proteger a saúde mental de apostadores das bets, mas influentes setores da sociedade considerariam que o mais importante é proibir as apostas online.
Com o boom das bets – as propagandas, inclusive, estão por todos os cantos –, o vício em apostas se tornou um problema de saúde pública no Brasil. Especialistas apontam que exercem um poder de dependência parecido com a nicotina e o álcool, já que atuam no mesmo circuito de recompensa cerebral.
Diante das consequências graves causadas pelas apostas, o governo lançou um plano de ação. Sete medidas estão previstas, baseadas nas conclusões do Grupo de Trabalho de Saúde Mental e de Prevenção e Redução de Danos do Jogo Problemático.
Elaboração de um modelo de autoteste da saúde padronizado; criação de plataforma de autoexclusão de todas as bets; qualificação de profissionais da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) sobre atendimento a apostadores; e estabelecimento de diretrizes mínimas de atendimento ao apostador no SUS (Sistema Único de Saúde) são algumas das iniciativas.
As ações incluem ainda a elaboração de materiais educativos voltados a atletas sobre integridade esportiva e prevenção à manipulação de resultados; criação de Comitê Permanente de Prevenção e Redução de Danos Relacionados a Aposta de Quota Fixa e Cuidados em Saúde Mental; além das campanhas de comunicação institucional sobre prevenção e redução de danos.
O objetivo é ampliar o alcance das políticas públicas, sobretudo em relação à saúde mental, ao superendividamento e à proteção social.