Saúde sem estigma é direito
Dezembro Vermelho marca o mês dedicado à conscientização, à prevenção e ao enfrentamento do HIV/Aids e das demais Infecções Sexualmente Transmissíveis. Em um país ainda marcado por desinformação, estigma e desigualdade no acesso à saúde, a mobilização reforça a urgência de ampliar políticas públicas, fortalecer campanhas educativas e combater o preconceito que atinge principalmente a população mais vulnerável.
Por Julia Portela
Dezembro Vermelho marca o mês dedicado à conscientização, à prevenção e ao enfrentamento do HIV/Aids e das demais Infecções Sexualmente Transmissíveis. Em um país ainda marcado por desinformação, estigma e desigualdade no acesso à saúde, a mobilização reforça a urgência de ampliar políticas públicas, fortalecer campanhas educativas e combater o preconceito que atinge principalmente a população mais vulnerável.
O laço vermelho, símbolo mundial da luta, lembra que a questão ainda merece atenção. Mesmo com avanços significativos, como o fato de 92% das pessoas em tratamento no Brasil terem atingido o estágio de indetectáveis, condição que impede a transmissão do vírus e garante qualidade de vida, o enfrentamento depende de informação, acolhimento e acesso permanente ao tratamento.
O avanço é resultado do fortalecimento das ações do Ministério da Saúde, responsável pela ampliação da oferta de medicamentos de primeira linha e pela garantia de cuidado integral no SUS (Sistema Único de Saúde). A política pública demonstra que quando o Estado prioriza vidas, a resposta é rápida e eficaz.
Ainda assim, permanece o desafio de combater a discriminação que afasta pessoas dos serviços de saúde, dificulta o diagnóstico e agrava vulnerabilidades. A luta contra o HIV não se resume ao tratamento: envolve quebrar tabus, garantir direitos e assegurar que ninguém seja punido pela ignorância ou pelo moralismo.
Dezembro Vermelho reafirma a necessidade de colocar a saúde pública, a dignidade e a informação no centro das políticas sociais. A conscientização contínua é parte fundamental da construção de uma sociedade mais justa, humana e livre de estigmas que historicamente recaem sobre quem convive com o vírus.
