Quando ir ao trabalho é um martírio
Problemas de saúde mental têm sido um duro desafio para 46,43% dos profissionais, de acordo com a 5ª Edição do Estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, realizado pela The School of Life, em parceria com a Robert Half.
Por Ana Beatriz Leal
Em um dia de trabalho habitual, um funcionário começa a suar, ter palpitações fora do controle, tremores nas mãos e sensação de falta de ar. Os sintomas descrevem uma crise de pânico, em função de um quadro de ansiedade. Esta situação é mais comum do que se imagina atualmente. O ambiente laboral tóxico é o motivo.
Problemas de saúde mental têm sido um duro desafio para 46,43% dos profissionais, de acordo com a 5ª Edição do Estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, realizado pela The School of Life, em parceria com a Robert Half.
O assédio moral é um dos principais entraves. Mas, engana-se quem pensa que atinge apenas a base da pirâmide. As questões psicológicas afetam 38,05% dos líderes. Muitos trabalhadores acabam recorrendo à medicação psicofarmacológica. No caso dos liderados, o índice é de 21,43%.
O estudo mostrou ainda que 50,30% dos subordinados consideram que a própria saúde mental é negativamente impactada pela forma como a cobrança por produtividade acontece na empresa.
Hoje há uma incidência alta de diagnósticos de estresse, Síndrome de burnout e ansiedade, o que sugere que as condições de trabalho contemporâneas têm prejudicado a saúde física e mental de muitos trabalhadores. É urgente mudar o modelo de exploração capitalista.