Passos de resistência e integração na Corrida dos Bancários

Os ponteiros do relógio marcavam 6h33, quando foi dada a largada para a 27ª Corrida dos Bancários, neste domingo (24/08). Sob a temperatura de 23º, e um tempo às vezes nublado, cerca de 600 atletas correram pela orla da Boca do Rio em duas modalidades: 4 km e 8 km. 

Por Ana Beatriz Leal

Os ponteiros do relógio marcavam 6h33, quando foi dada a largada para a 27ª Corrida dos Bancários, neste domingo (24/08). Sob a temperatura de 23º, e um tempo às vezes nublado, cerca de 600 atletas correram pela orla da Boca do Rio em duas modalidades: 4 km e 8 km. 
 

Desde cedo, às 5h20, os primeiros corredores começaram a chegar. A concentração ficou tomada pelo clima descontraído. Os atletas participaram de aulas de alongamento e de ritmo, com fit dance e zumba. Animação e aquela expectativa boa que só uma grande corrida proporciona. Depois, correram para o abraço, literalmente. A prova, em homenagem ao Dia do Bancário, foi marcada pelo clima de celebração e interação.
 

O secretário da Setre (Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia), Augusto Vasconcelos, correu 4 km e lembrou que o Sindicato dos Bancários da Bahia mantém a tradição, há mais de 30 anos, de realizar a prova na semana em que se comemora o Dia do Bancário (28 de agosto). Uma das primeiras do movimento sindical que, ao longo das décadas, tem se atualizado e inovado. É a corrida da categoria pela saúde. 
 

O diretor de Esporte do Sindicato, Dorival Santana, não abre mão de participar da corrida. “Fiz 8 km com muita resistência. Para mim foi muito importante, apesar de eu não estar 100% bem fisicamente, mas eu acho que esta resistência minha fez com que eu chegasse terminasse o percurso com muita saúde e equilíbrio. 
 

Por falar em resistência, para Dori, como é carinhosamente chamado, é a palavra que define o bancário. “Eu acho que a categoria, hoje, vive um momento de muita dificuldade, com reestruturações, demissões, fechamento de agências e, se você não tiver resistência, acaba adoecendo, não encontra o equilíbrio entre a qualidade de vida e os desafios, diante de tantos enfrentamentos diários.
 

O funcionário do Banco do Brasil, Euvaldo Luiz de Lima, que pratica corrida há 18 anos, fez o percurso de 8 km e ficou em segundo lugar, mas, por pouco, não ficou de fora da edição deste ano. “Fique uns 3 anos sem participar de nenhuma competição porque me lesionei, fiz algumas cirurgias, e resolvi só treinar duas vezes por semana. Dias antes da prova, um colega da agência me chamou para a corrida e, por conta da insistência dele, me inscrevi no último dia. Gostei muito da estrutura, bacana, bem organizada”, finalizou.