Alfabetização na fase adulta pode aumentar a renda

Pesquisa aponta que o EJA, programa de alfabetização de jovens e adultos, impacta diretamente na renda, ocupação e formalização no mercado de indivíduos. É o que mostra o estudo divulgado no Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos: 1º Ano do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA).

 

O EJA permite àqueles que não concluíram o ensino fundamental e médio, a retomada e a conclusão dos estudos de forma mais rápida do que as classes regulares. O projeto é de suma importância no Brasil, que, em 2023, já superava 9 milhões de jovens entre 15 e 29 anos sem completar a educação básica. 

 

A renda média de quem concluiu a alfabetização teve um incremento de 16,3% entre pessoas de 18 a 60 anos. Na faixa etária de 46 a 60 anos, o percentual chega a 23%. Na probabilidade de ter ocupações formais, o programa eleva as chances em 7,7 pontos percentuais. Quando se trata de ter uma ocupação de qualidade, as possibilidades aumentam 2,3 pontos percentuais, considerando todas as faixas etárias. 

 

Para quem concluiu os anos finais do ensino fundamental, pelo EJA, o aumento pode chegar a 4,6%. A conclusão da etapa também aumenta a probabilidade de ter um trabalho formal em 6,6 pontos percentuais e uma ocupação de qualidade em 3,2 pontos percentuais.

 

Para quem terminou o Ensino Médio pelo programa, a renda pode ser elevada em 6% para indivíduos de 18 a 60 anos em comparação com quem parou no ensino fundamental. Na faixa de 26 a 35 anos, é observado um aumento de 10% na renda média. A probabilidade de ter uma ocupação formal cresce 9,4 pontos percentuais e uma ocupação de qualidade em 3,3 pontos percentuais, com impactos positivos em todas as faixas etárias avaliadas.