Campos Neto no Nubank: o emprego já estava garantido?
Se levado em consideração as medidas tomadas durante a gestão no BC, a situação se torna ainda mais escandalosa.
Por Itana Oliveira
Após saída da presidência do Banco Central, no fim de dezembro de 2024, Roberto Campos Neto, menos de cinco meses depois, foi anunciado como vice-presidente global do Nubank. O fato por si só já levanta suspeitas. Se levado em consideração as medidas tomadas durante a gestão no BC, a situação se torna ainda mais escandalosa.
No período em que esteve à frente da instituição, o presidente foi autor de diversas medidas que beneficiaram as fintechs. Flexibilizou pagamentos por Pix, e acelerou a implementação do Open Finance, que permite compartilhamento de dados entre bancos.
A transição público-privada chama atenção, especialmente pelo curtíssimo período de tempo entre os cargos. Afinal, há quanto tempo existe a aproximação? Qual a garantia de que a nomeação não é recompensa por serviços prestados ao Nubank, enquanto Campos Neto presidiu BC? É válido ressaltar que entre 2019 e 2024, a receita da fintech saltou de 1,5 bilhão para 11,2 bilhões.
Analistas consideram o anúncio um vexame, sinal claro de corrupção. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.