A conta da desigualdade

Enquanto metade da humanidade vive com menos de R$ 45,00 por dia, a elite mundial acumula R$ 185 trilhões. Segundo relatório da Oxfam, o valor poderia acabar com a pobreza mundial 22 vezes, mas não acaba. Porque não é falta de recursos, mas excesso de poder, o lucro de poucos segue valendo mais do que a vida da maioria. 

Por Camilly Oliveira

Enquanto metade da humanidade vive com menos de R$ 45,00 por dia, a elite mundial acumula R$ 185 trilhões. Segundo relatório da Oxfam, o valor poderia acabar com a pobreza mundial 22 vezes, mas não acaba. Porque não é falta de recursos, mas excesso de poder, o lucro de poucos segue valendo mais do que a vida da maioria. 

 


Uma sabotagem à democracia. Nos últimos 30 anos, a riqueza privada explodiu, enquanto os Estados encolheram. Só os 3 mil bilionários do mundo aumentaram as fortunas em R$ 35 trilhões. No Brasil, 48,4% de toda a riqueza está nas mãos do 1% mais rico. 

 


Metade deste patrimônio é imóveis. A outra são ações na Bolsa e carros de luxo. Enquanto isto, milhões não têm nem sequer teto para morar. Taxar os super-ricos, romper com o modelo que transforma tudo em mercadoria e recolocar o interesse público no centro do debate é necessário. Mas o Congresso Nacional, controlado pela mesma elite branca, aristocrática e escravagista de sempre, impede. Só para manter os privilégios de poucos.