Da chantagem ao prato cheio

A medida é geopolítica. Trump decidiu punir o país sob pretexto de “práticas desleais” e Lula responde: protege produtores nacionais e ao mesmo tempo assegura que a comida chegue ao povo. É a reafirmação de que o Brasil não pode ser tratado como quintal de Washington, mas como nação soberana com densidade econômica e política próprias.

Por Camilly Oliveira

O tarifaço de 50% imposto por Trump contra produtos brasileiros foi um ataque direto à soberania nacional e a resposta do governo Lula transforma o boicote em oportunidade: comprar açaí, mel, uva, pescados e castanhas sem licitação, e direcionar para merenda escolar, hospitais, Forças Armadas e famílias em insegurança alimentar. É proteção econômica e democratização da riqueza.

 

O programa deve movimentar R$ 30 bilhões, garantindo escoamento da produção e fortalecendo estoques públicos. Em vez de deixar produtores reféns da chantagem internacional, o governo valoriza a agricultura familiar e assegura refeições de qualidade para milhões de brasileiros.

 

A medida é geopolítica. Trump decidiu punir o país sob pretexto de “práticas desleais” e Lula responde: protege produtores nacionais e ao mesmo tempo assegura que a comida chegue ao povo. É a reafirmação de que o Brasil não pode ser tratado como quintal de Washington, mas como nação soberana com densidade econômica e política próprias.

 

No fundo, a disputa não é apenas sobre tarifas, mas sobre modelo de desenvolvimento, o tarifaço tentou isolar o Brasil. O governo responde ampliando mercados internos, fortalecendo a democracia social e mostrando que a riqueza nacional não pode ser confiscada por interesses estrangeiros. É a lição de que soberania se faz com política pública e distribuição de renda.