Menor taxa de queimadas desde 1998

Durante o governo Bolsonaro, o Brasil se tornou pária ambiental, denunciado por retrocessos no combate aos incêndios e ao desmatamento. Agora, com a queda inédita, Lula reposiciona o país na agenda global do clima, reconquista espaço em negociações comerciais e fortalece a diplomacia verde em fóruns como a COP30. 

Por Camilly Oliveira

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou em agosto passado 18.451 focos de queimadas, o menor número desde o início do monitoramento, em 1998. A queda é de 61% em relação à média histórica do mês e menos da metade do total visto em 2024, quando foram contabilizados 68.635 casos. 

 


A redução se deve às ações do governo federal, que ampliou em 75% a frota de helicópteros do Ibama, contratou 4.385 brigadistas e direcionou recursos do Fundo Amazônia para fortalecer o combate em todos os biomas. A mudança tem peso político e simbólico. 

 


Durante o governo Bolsonaro, o Brasil se tornou pária ambiental, denunciado por retrocessos no combate aos incêndios e ao desmatamento. Agora, com a queda inédita, Lula reposiciona o país na agenda global do clima, reconquista espaço em negociações comerciais e fortalece a diplomacia verde em fóruns como a COP30. 

 


O desafio é sustentar o avanço. O Cerrado concentrou 47,9% dos focos em 2025, superando a Amazônia, e exige políticas próprias para conter a pressão da agropecuária e da especulação fundiária.