Pretos e pardos chefiam maioria dos lares com insegurança alimentar

Ano passado, 73,8% dos 2,5 milhões de domicílios com insegurança alimentar grave eram liderados por pessoas pretas ou pardas, ou seja, quase três em cada quatro lares nesta condição.

Por Itana Oliveira

Ano passado, 73,8% dos 2,5 milhões de domicílios com insegurança alimentar grave eram liderados por pessoas pretas ou pardas, ou seja, quase três em cada quatro lares nesta condição. Esses grupos, no entanto, representam 45,1% dos 78,3 milhões de residências no país. Já os brancos, que chefiam 41,5% dos domicílios, estavam à frente de 24,4% dos lares atingidos pela fome.

 

Mulheres lideram 51,8% dos lares brasileiros, mas estão à frente das 57,6% das famílias que enfrentam fome grave. Somando todas as formas de insegurança alimentar, a participação feminina sobe para 59,9%. A insegurança leve indica preocupação com alimentos, e a moderada falta de comida entre adultos.

 

A maioria dos lares com insegurança alimentar grave ou moderada (71,9%) tem rendimento por pessoa até um salário mínimo. Jovens são os mais afetados, 3,3% das crianças até 4 anos e 3,8% entre 5 e 17 anos viviam em domicílios com fome, números maiores do que os das faixas etárias mais elevadas. A maior vulnerabilidade infantil está nas regiões Norte e Nordeste, com maior insegurança alimentar e fecundidade. 

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