Queda de desemprego, alivio para dignidade
Esses números representam um alívio após anos de desmonte e retirada de direitos promovidos por políticas ultraliberais que precarizaram as relações de trabalho.
Por Julia Portela
O Brasil fechou o mês de abril com saldo positivo de 257.528 empregos com carteira assinada, de acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No acumulado dos últimos 12 meses — de maio de 2024 a abril de 2025 — o país contabilizou 1.641.330 novas vagas formais, na média entre admissões e desligamentos. Já a taxa de desemprego ficou estável em 6,6% no trimestre encerrado em abril, segundo os dados mais recentes divulgados nesta quinta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esses números representam um alívio após anos de desmonte e retirada de direitos promovidos por políticas ultraliberais que precarizaram as relações de trabalho. O crescimento do emprego formal abre espaço para que trabalhadoras e trabalhadores possam recuperar parte da dignidade perdida, após anos em que a informalidade e o subemprego se tornaram, para muitos, as únicas alternativas — muitas vezes em condições que se aproximam da escravidão moderna.
Apesar do avanço, é preciso ir além dos números. A luta por empregos de qualidade, com direitos garantidos e condições dignas de trabalho, continua sendo prioridade dos sindicatos e das categorias organizadas. O movimento sindical seguirá vigilante e atuante para que essas vagas não sejam apenas números frios em relatórios, mas reais oportunidades de vida digna para a classe trabalhadora.