No mundo, direitos trabalhistas em queda livre
Um dado para reafirmar que a ofensiva do capital e do ultraliberalismo causam danos à democracia a aos trabalhadores. De acordo com o Índice Global de Direitos de 2025 da CSI (Confederação Sindical Internacional), os direitos estão em queda livre em todos continentes.
Por Ana Beatriz Leal
Um dado para reafirmar que a ofensiva do capital e do ultraliberalismo causam danos à democracia a aos trabalhadores. De acordo com o Índice Global de Direitos de 2025 da CSI (Confederação Sindical Internacional), os direitos estão em queda livre em todos continentes.
Hoje, somente sete países (menos de 5%) alcançam a classificação máxima de nível 1 por respeito aos direitos dos trabalhadores, bem abaixo dos 18 de uma década atrás, enquanto 40 nações obtiveram 5.
A situação piorou em três das cinco regiões do mundo. As pontuações mais baixas foram observadas nas Américas (3,68) e na Europa (2,78). Os 10 piores países para os trabalhadores são: Bangladesh, Bielorrússia, Equador, Egito, Eswatini, Filipinas, Mianmar, Nigéria (NOVO), Tunísia e Turquia.
Mais uma informação preocupante. Foram violados os direitos à greve em 87% dos países e à negociação coletiva em 80% das nações. O acesso dos trabalhadores à Justiça foi restringido em 72% dos locais, o pior nível já registrado.
A CSI também chamou a atenção para um fato que tem acontecido no Brasil, especialmente depois da aprovação da reforma trabalhista em 2017. Segundo o relatório "os trabalhadores que tentam se organizar enfrentam sistematicamente ameaças e demissões, e em alguns casos até recebem ameaças de morte".
Além disto, o documento apontou "a deterioração das liberdades civis e o ataque organizado contra sindicatos e trabalhadores sob governos radicais de direita", citando como exemplos a Argentina e os Estados Unidos.