A 25 de Março é o Brasil de verdade

A ofensiva dos EUA atinge justamente quem movimenta a economia real e vive do próprio trabalho. Os comerciantes da 25 não operam com especulação ou dividendos bilionários como os empresários da Faria Lima. Estão na base da pirâmide, enfrentando as dificuldades de um sistema que privilegia os grandes e criminaliza os pequenos. 

Por Julia Portela

O comércio popular da Rua 25 de Março, em São Paulo, está na mira do governo dos Estados Unidos. Alegando “práticas desleais”, Donald Trump abriu investigação comercial contra o Brasil, com foco no Pix e na mais tradicional região de comércio popular do país. Em resposta, a União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco25) enviou ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitando a defesa da soberania nacional.

 


A ofensiva dos EUA atinge justamente quem movimenta a economia real e vive do próprio trabalho. Os comerciantes da 25 não operam com especulação ou dividendos bilionários como os empresários da Faria Lima. Estão na base da pirâmide, enfrentando as dificuldades de um sistema que privilegia os grandes e criminaliza os pequenos. 

 


Enquanto isso, parlamentares da extrema direita protegem os super-ricos e aprovam pautas que ampliam a exploração dos trabalhadores, como a defesa da escala 6x1 e o boicote à taxação das grandes fortunas. O contraste é evidente: de um lado, quem lucra com a desigualdade; de outro, quem luta para não ser esmagado por ela.