Bradesco, mais respeito ao Brasil

Banco deve cumprir as leis brasileiras, não o que os EUA impõem

Por Rogaciano Medeiros

Indiscutivelmente uma agressão à soberania nacional e total desrespeito ao Judiciário, em especial o Supremo Tribunal Federal, a declaração do presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, de que o banco vai cumprir a Lei Magnitsky contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, vítima de retaliação dos Estados Unidos para atingir o Brics e tentar chantagear a Justiça brasileira para não condenar e prender Bolsonaro e auxiliares por conspiração para golpe de Estado.

 


Como empresa nacional, o Bradesco deve obediência, primeiramente, à Constituição e demais leis, que estão bem acima das regras internacionais do sistema financeiro. A declaração de Marcelo Noronha revela tomada de posição política em apoio ao golpismo, à interferência estrangeira em assuntos internos brasileiros, agressão ao Supremo e, particularmente, ao ministro Alexandre de Moraes.

 


A direção do banco não pode ter a menor dúvida de que deve obedecer primeiro a legislação nacional e não o regramento rentista. O presidente da instituição não poderia se manifestar publicamente de maneira ofensiva ao Judiciário e de desafio ao STF, que tem poderes para obrigar qualquer empresa a cumprir as leis do país, sob pena de intervenção. O Bradesco deve um pedido de desculpa ao Brasil e aos brasileiros.