Sindicato denuncia encerramento de agências: mais lucros, menos direitos
Os números comprovam o descaso. Nos últimos cinco anos, 149 agências foram fechadas na Bahia, segundo dados do Banco Central. No mesmo período, de 2021 a junho deste ano, 3.935 bancários foram demitidos no Estado, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.
Por Julia Portela
O fechamento de agências, que tem preocupado toda a sociedade, porque além das demissões, precariza os serviços bancários e, inclusive, exclui grande parcela da população mais pobre do acesso ao sistema financeiro foi objeto de entrevista do Sindicato, na rádio Metrópole, na segunda-feira (25/08).
O diretor de Comunicação da entidade, Adelmo Andrade, destacou que abandono é mais grave no interior da Bahia. Muitas cidades contam apenas com uma agência a cada 100 quilômetros. Isso significa que milhares de pessoas precisam viajar longas distâncias para realizar uma simples operação.
Os bancos alegam que os clientes podem utilizar os canais digitais, ignorando que centenas de municípios brasileiros têm dificuldades de acesso à internet. Em muitos, nem sinal há.
Os números comprovam o descaso. Nos últimos cinco anos, 149 agências foram fechadas na Bahia, segundo dados do Banco Central. No mesmo período, de 2021 a junho deste ano, 3.935 bancários foram demitidos no Estado, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.
A lógica perversa é clara. Enquanto os bancos batem recordes de lucros, trabalhadores e população pagam a conta com desemprego, sobrecarga e exclusão financeira.