Enquanto precariza o trabalho, Itaú investe no Nubank
A compra ocorre em um momento em que o setor financeiro vive uma onda de expansão digital que é usada, muitas vezes, para justificar cortes e precarização, exibindo a incoerência do banco.
Por Itana Oliveira
O aumento da participação do Itaú no Nubank reacende o debate sobre as prioridades reais do maior banco privado do país. Entre julho e setembro deste ano, a instituição financeira comprou 3,8 milhões de ações da fintech e passou a deter 6,7 milhões de papéis, avaliados em cerca de US$ 106 milhões.
A compra ocorre em um momento em que o setor financeiro vive uma onda de expansão digital que é usada, muitas vezes, para justificar cortes e precarização, exibindo a incoerência do banco. Enquanto amplia a aposta em empresas digitais, o Itaú acelera o fechamento de agências, reduz equipes e empurra cada vez mais clientes para canais remotos.
A trajetória do Itaú mantém um padrão típico: investe em fintech, lucra e depois vende as ações. Agora, com o Nubank, que recentemente abandonou a bandeira do trabalho remoto e demitiu funcionários, repete-se o roteiro.
