Alba debate ofensiva a bancários e clientes
Somente no último ano, os três gigantes do setor encerraram 1.266 unidades físicas em todo o país, um movimento acompanhado pelo corte de 4.255 postos de trabalho. Enquanto isso, no primeiro semestre, acumularam lucro líquido de impressionantes R$ 42 bilhões.
Por Rose Lima
Os impactos sociais e trabalhistas do fechamento em massa de agências por parte dos maiores bancos privados do país (Bradesco, Itaú e Santander) estão no centro do debate de audiência pública, que acontece nesta sexta-feira (15/08), às 10h, na Alba (Assembleia Legislativa da Bahia). A discussão, promovida pela Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, ocorre no auditório jornalista Jorge Calmon, com a presença de parlamentares, sindicalistas, juristas e representantes do setor bancário.
Somente no último ano, os três gigantes do setor encerraram 1.266 unidades físicas em todo o país, um movimento acompanhado pelo corte de 4.255 postos de trabalho. Enquanto isso, no primeiro semestre, acumularam lucro líquido de impressionantes R$ 42 bilhões.
Com o fechamento das agências, os clientes ficam sem acesso a atendimento presencial. Grande parte da população, especialmente nas regiões mais pobres, não tem familiaridade com o digital. Isso não só dificulta o acesso à informação segura, como aumenta a exposição a golpes, dos quais os bancos geralmente não se responsabilizam.
Os dados revelam um cenário alarmante que impacta os trabalhadores e todo o conjunto da sociedade, sobretudo as pessoas mais vulneráveis, que depende do atendimento presencial. A audiência é uma proposta do deputado estadual Bobô (PCdoB) e atende pauta apresentada pelo Sindicato da Bahia e pela Federação da Bahia e Sergipe.