Greve de 6 horas: uma homenagem emocionante

A mostra apresentou registros históricos e memórias de uma das maiores conquistas da categoria, destacando a importância da mobilização que transformou a vida dos empregados da Caixa e fortaleceu o movimento sindical no país.

Por Rose Lima

A noite desta quinta-feira (23/10) foi marcada por emoção, reencontros e celebração no Sindicato dos Bancários da Bahia. A exposição fotográfica em homenagem aos 40 anos da greve das 6 Horas na Caixa reuniu bancários, ex-empregados e convidados em um clima de confraternização, com música ao vivo.

 

A mostra apresentou registros históricos e memórias de uma das maiores conquistas da categoria, destacando a importância da mobilização que transformou a vida dos empregados da Caixa e fortaleceu o movimento sindical no país. O evento foi bastante concorrido, com representantes do Sindicato, APCEF, AEA/BA, AGECEF e FEEB BA/SE, que ressaltaram a coragem e a unidade que marcaram o movimento em 1985.

 

As fotos expostas também revelaram a força da greve nas pequenas cidades do interior, com registros de uma sessão especial em Ipiaú e da paralisação em Itororó. O diretor da Federação Emanoel Sousa, ressaltou a estratégia utilizada para o sucesso do movimento, que combinou mobilização de base e atuação institucional, culminando na aprovação do projeto de lei do deputado Léo Simões, que reconheceu os economiários como bancários e assegurou a jornada de 6 horas sem redução salarial e o direito à sindicalização.

 

O ex-dirigente Evaldo Vieira destacou a participação ativa da juventude da época. O secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Augusto Vasconcelos, empregado da Caixa desde 2004, ressaltou a importância histórica da mobilização. “Desde que entrei na Caixa ouço as pessoas falarem dessa greve com muito orgulho. O Sindicato dos Bancários da Bahia foi e continua sendo minha escola de fazer política”.

 

Ao final do evento, foi realizada uma homenagem póstuma a Esmeraldo Bulhões, de Santa Inês, que presidia a AEB à época, e a Milton Dourado Lima, também uma das principais lideranças do movimento na Bahia.