COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
SUPREMA RESPOSTA
A retomada, na quarta-feira, do julgamento sobre a responsabilização social e legal das redes pelos conteúdos veiculados foi a melhor resposta que o STF poderia dar aos EUA que, em atendimento às big techs e aos apelos do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ameaçam sanções a juízes da Corte, na tentativa de intimidar a Justiça brasileira. Suprema altivez.
BRASIL SOBERANO
Queiram ou não Trump, Musk, Zuckerberg e outros piratas da criminalidade virtual, o Brasil não vai se dobrar às big techs e, se quiserem continuar atuando no país, onde faturam bilhões, terão de obedecer às leis nacionais. O STF, por ampla maioria, deve decidir pela responsabilização social e legal das plataformas, no julgamento que recomeça na quarta-feira. Ainda bem.
MAIS PODRIDÃO
A descoberta pela Polícia Federal do criminoso grupo C4 (Comando de Caça aos Comunistas, Corruptos e Criminosos), chefiado pelo coronel Etevaldo Caçadini, amigo de Bolsonaro, expõe a amplitude e a gravidade do plano da extrema direita para a conquista do Estado pela via da força e a instauração de mais uma ditadura no país. As investigações vão revelar mais podridão.
DÚVIDA ATROZ
Os brasileiros que se preocupam com a preservação da democracia vivem uma dúvida atroz. O tal C4 (Comando de Caça aos Comunistas, Corruptos e Criminosos) foi apenas criação da mente doentia do coronel Caçadini ou fazia parte do plano maior para golpe de Estado que Bolsonaro é acusado de liderar e virou réu no STF? A resposta faz grande diferença. E como.
JEGUE IMORAL
A decisão da Justiça do Mato Grosso, de obrigar o cantor Leonardo a devolver R$ 300 mil dos R$ 750 mil que recebeu em junho do ano passado por uma apresentação em Gaúcha do Norte, cidade com pouco mais de 8 mil habitantes, é mais um fato a desmascarar o mau-caratismo dos “homens de bem” bolsonaristas. É o que antigamente se chamava de moral de jegue.