Reflexão sobre o impacto das redes sociais no pensamento filosófico
Alan Gomes defende a Filosofia como forma de pensar criticamente em meio à era digital.
Desde os primórdios da civilização, a humanidade busca formas de tornar a vida mais prática e eficiente, com destaque para as Tecnologias da Informação, que transformaram o modo de viver e aprender. Essas tecnologias, como computadores e telecomunicações, permitem processar e disseminar informações rapidamente, influenciando diretamente o campo educacional. A escola, antes única fonte de saber, agora coexiste com outras fontes de informação, exigindo novas abordagens pedagógicas. Os estudantes, conhecidos como "nativos digitais", cresceram em um ambiente saturado por tecnologias, o que desafia os métodos tradicionais de ensino. A geração atual, imersa em estímulos digitais, exige um modelo educacional mais interativo e relevante. A Filosofia, nesse contexto, surge como uma prática essencial para ajudar a filtrar informações, promover a reflexão crítica e resistir à superficialidade do conhecimento rápido. Ensinar Filosofia não é apenas transmitir ideias, mas criar espaços para questionamentos e o desenvolvimento do pensamento crítico. A prática filosófica, em tempos de hiperinformação, requer desaceleração e silêncio, permitindo a construção de uma análise profunda. Embora as redes sociais priorizem a rapidez e a polarização, a Filosofia encontra novos meios de se conectar com a juventude, ampliando seu alcance e estimulando a reflexão em tempos digitais.
* Alan Gomes - Educador Físico, Sociólogo, Filósofo, Psicólogo em Formação e Pós-graduado em Gestão Sindical